Bitcoin em queda: ETFs registram queda de US$ 1 bilhão
Os últimos dias têm abalado o mercado de criptomoedas, especialmente os fundos de Bitcoin. E você sabia que os resgates totalizaram impressionantes US$ 523,3 milhões? A Fidelity, com seu fundo FBTC, liderou as saídas, perdendo US$ 246,9 milhões, enquanto a Grayscale descontou US$ 115,5 milhões de seu GBTC. Outras empresas, como Ark e Bitwise, também sentiram o impacto, enquanto o iShares Bitcoin Trust da BlackRock manteve-se surpreendentemente estável.
Muitos investidores parecem estar adotando uma abordagem cautelosa, optando por esperar ao invés de entrar em novas posições. Isso é evidente, pois os resgates obrigam os ETFs a vender Bitcoin, aumentando a oferta no mercado. Com isso, na manhã do dia 20 de agosto, o preço do BTC já havia caído para menos de US$ 113.500. A dúvida que paira é se isso representa apenas uma pausa ou se é o início de uma correção mais intensa.
Resgates do ETH aumentam a cautela
Os ETFs de Ethereum também não ficaram imunes ao movimento negativo, registrando perdas de US$ 422,3 milhões em resgates. O FETH da Fidelity perdeu US$ 156,3 milhões, enquanto o ETHE da Grayscale teve saídas de US$ 122 milhões. O Mini Ethereum Trust viu US$ 88,5 milhões saírem, o que marca uma das maiores perdas diárias desde que esses produtos foram lançados.
É interessante notar que, como os ETFs de Ethereum ocupam uma participação menor no mercado, grandes resgates afetam rapidamente os preços. Com isso, o ETH viu um recuo de 1,54%, fechando a US$ 4.163. Essa situação levanta interrogações sobre a vulnerabilidade do Ethereum a vendas institucionais em comparação ao Bitcoin.
- Resgates de ETFs de Bitcoin: **US$ 523,3 milhões**
- Resgates de ETFs de Ethereum: **US$ 422,3 milhões**
- Total diário de resgates: **US$ 945 milhões**
Política do Fed adiciona pressão sobre o BTC
Mas não são apenas os resgates que estão pesando no mercado. Um índice PPI maior que o esperado nos EUA fez com que as apostas em cortes de juros em setembro diminuíssem, fortalecendo o dólar e afetando ativos de risco como o Bitcoin. Agora, o foco está na ata da reunião do Fed e no discurso de Powell em Jackson Hole, o que tem levado muitos investidores a realizar lucros e redistribuir seus capitais.
Apesar da volatilidade, os ETFs ainda são relevantes, representando cerca de 6,39% da capitalização do Bitcoin e 5,08% do Ethereum. Isso mostra que, mesmo com os fluxos negativos, a demanda a longo prazo permanece presente.
Perspectiva do valor do BTC: correção ou recuperação?
Atualmente, o Bitcoin está enfrentando um momento decisivo. Após perder a média móvel de 50 dias em US$ 115.870, este nível passou a ser considerado resistência. A barreira em US$ 124.450 acabou interrompendo um rali de quatro semanas, intensificando o viés de baixa no curto prazo.
Os sinais técnicos indicam que mais quedas podem surgir. Com o RSI em 42, longe da zona de sobrevenda, há espaço para mais fraqueza. E o MACD também cruzou para a parte negativa. Uma quebra abaixo de US$ 112.000 pode levar a perdas mais profundas, possivelmente chegando a US$ 108.000 ou US$ 105.150.
Por outro lado, certos sinais de resistência estão surgindo. A presença de candles do tipo doji e spinning top próximos a US$ 113 mil sugere uma hesitação entre os vendedores. Se os compradores conseguirem novamente controlar a situação, com um ponto de suporte acima de US$ 116.150, podemos ver um movimento em direção a US$ 120.900 ou até US$ 124.450. O acúmulo institucional a longo prazo pode servir como um suporte valioso, permitindo que o BTC busque, quando o mercado se estabilizar, alcançar novamente os US$ 130.000.